A tonelagem total de cargas nos portos e terminais brasileiros aumentou durante o primeiro trimestre de 2011. Já o número de atracações teve uma redução de 1,3% nos três primeiros meses deste ano em relação a igual período de 2010.
Essa queda, atrelada à expansão da carga movimentada, refletiu-se no avanço da consignação média dos navios (tonelagem de carga transportada por navio), resultando em uma variação positiva de 9,0% desse indicador. Os dados estão no Boletim de Desempenho Portuário da ANTAQ do 1º trimestre de 2011.
Segundo o gerente de Estudos e Desempenho Portuário da Agência, Bruno Pinheiro, esse resultado é importante para a diminuição dos custos logísticos e o aumento da competitividade do país no mercado internacional.
Para Pinheiro, as dragagens dos portos devem contribuir para o processo de elevação da tonelagem de cargas por navio. É esperado que os efeitos do programa de dragagem, implementado pela Secretaria de Portos, sejam sentidos mais fortemente nos próximos trimestres, ampliando a consignação média dos navios, acredita.
Segundo o gerente da ANTAQ, os elementos mais prejudiciais à competitividade brasileira estão em terra. Reestruturar a frágil cadeia logística terrestre, assentada no modo rodoviário de transporte, levaria bem mais tempo do que a implementação das dragagens e, frente à voracidade chinesa por novos mercados, temos que aproveitar essa oportunidade, apontou.
A navegação de longo curso foi a que exibiu a maior taxa de crescimento de tonelagem transportada entre os diversos tipos de navegação no período.
No primeiro trimestre deste ano, a movimentação de cargas no longo curso cresceu 8% frente ao primeiro trimestre de 2010. De acordo com o levantamento da ANTAQ, esse crescimento se deve à dinâmica verificada no desembarque, que cresceu 21,8%, enquanto os embarques registraram expansão de apenas 4,5%, na mesma base de comparação.
Apesar da elevada diferença de desempenho entre os embarques e os desembarques, Pinheiro acredita numa diminuição dessa disparidade no segundo e terceiro trimestres, quando os efeitos das medidas adotadas pelo governo para arrefecer a economia tornarem-se mais evidentes.
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