terça-feira, 16 de agosto de 2011

PETRÓLEO FECHA EM FORTE ALTA EM LONDRES E EM NOVA YORK

Os preços do barril de petróleo registraram forte alta nesta segunda-feira (15/8) em Nova York e Londres, em um mercado inclinado para a recuperação e que seguiu a tendência dos mercados acionários, que foram favorecidos pela debilidade do dólar.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do West Texas Intermediate (designação para o "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em setembro encerrou o dia cotado a US$ 87,88, em alta de US$ 2,50 em relação à sexta-feira (12/8), num aumento de 3%.
No IntercontinentalExchange de Londres, o barril de Brent do mar do Norte com igual vencimento subiu US$ 1,88, fechando a US$ 109,91.
"Após uma semana muito movimentada, a temperatura e a volatilidade foram reduzidas em parte", disse Bart Melek, da TD Securities.
Os mercados financeiros recuperaram seu impulso neste início da semana. O apetite pelos ativos de melhor remuneração fazia avançar as bolsas e forçava a baixa do dólar, fatores que tendem a ser positivos para o mercado petroleiro.
Os preços haviam registrado forte volatilidade na semana passada. Neste pregão, o barril de WTI chegou a ganhar US$ 10 em relação a seu piso de uma semana antes, terminando a sexta-feira com perdas de alguns centavos.
Contudo, os indicadores econômicos de segunda-feira foram mistos. A atividade manufatureira na região de Nova York retrocedeu mais que o esperado em agosto, segundo o índice Empire State, que é publicado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).
O indicador recuou 3,8 pontos em relação a julho, situando-se em -7,7 em agosto, disse a sede do Fed de Nova York. É o terceiro mês consecutivo em que o índice situa-se no vermelho.
Já no âmbito positivo, a economia japonesa se mostrou mais resistente que o previsto no segundo trimestre de 2011, apesar de o país continuar imerso na recessão por conta do terremoto e do tsunami do dia 11 de março. O retrocesso de 1,3% do PIB em cifras anualizadas é inferior ao temido pelos economistas e permite esperar uma recuperação.
"Há uma mudança de percepção" nos mercados, observou Bart Melek. O analista, no entanto, está pouco convencido da continuidade da recuperação dos preços do petróleo, enquanto os indicadores econômicos não forem "particularmente bons nos Estados Unidos".
Os investidores "têm revisado seu julgamento sobre a economia e parecem mais inclinados a crer que a recessão não voltará", disse o analista.
"Há menos pânico e menos volatilidade, isso ajuda", disse Melek. "As condições atuais dão um pouco mais de segurança para os investidores", completou.

Grãos
Os preços do trigo, milho e soja também indicaram alta nesta segunda-feira em Chicago, com os operadores preocupados com a qualidade dos cultivos americanos, que obrigaram as autoridades agrícolas a revisarem para baixo suas previsões de oferta na semana passada.
Na Bolsa de Chicago, o contrato futuro de trigo para entrega em setembro ganhou US$ 0,055, fechando a US$ 7,0725 por bushel (medida equivalente a 27,2 kg).
Já o bushel de milho para entrega em setembro subiu US$ 0,10, a US$ 7,1250 e o de soja para entrega em novembro aumentou US$ 0,16, encerrando a US$ 13,5125.

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