A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), divulgada ontem, mostra que os discursos de Banco Central, Ministério da Fazenda e da presidente Dilma Rousseff estão alinhados. Depois de a presidente ter dito que o "combate à inflação não pode resultar em crescimento zero", o BC deixou a impressão, ontem, em sua ata, de que já admite a volta da variação dos preços ao centro da meta somente em 2013.
Na avaliação de economistas, o documento divulgado ontem pela autoridade monetária deixa claro também que o Banco Central está próximo de interromper o ciclo de alta dos juros, com uma parada técnica. Inclusive já não há um consenso sobre se haverá outro aumento dos juros básicos, atualmente em 12,50% ao ano.
"O cenário internacional e a desaceleração da atividade doméstica, resultado em parte das medidas já implementadas, sugerem a proximidade ou fim do ciclo de alta de juros", afirma Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco.
Ao mesmo tempo, o governo ataca o movimento especulativo que acarreta a valorização do real frente ao dólar. Depois de anunciar a cobrança de 1% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o excedente em posição vendida de bancos e empresas, na quarta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reforçou ontem que o Conselho Monetário Nacional (CMN) pode, se achar necessário, aumentar esta alíquota para até 25% a qualquer momento. O dólar registrou ontem sua segunda alta seguida, de 0,42%, e chegou a R$ 1, 566.
Ontem, a revista The Economist divulgou o Índice Big Mac, que mede o nível de valorização das moedas de vários países. Segundo o estudo, o câmbio considerado "justo" para o Brasil seria de R$ 2,34 por dólar.
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