O volume global de negócios no mercado de câmbio subiu para US$ 4,71 trilhões, segundo uma análise da agência Dow Jones, mostrando como as moedas continuam a atrair liquidez e se expandir como uma classe de ativos, apesar das incertezas do cenário econômico.
A estimativa, que é superior ao volume diário de US$ 3,98 trilhões divulgado pelo Bando de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), leva em conta informações oficiais de Austrália, Japão, Cingapura, América do Norte e Reino Unido, sendo que todos esses países publicaram números atualizados ontem.
Os números da Dow Jones também incluem estimativas de dados de negociações do resto do mundo, com base em dados anuais divulgados anteriormente pelo BIS. Juntas, essas informações mostram como os fluxos de câmbio cresceram em todo o mundo no ano passado.
"Nós acreditamos que esse aumento deve se manter pelo menos até o segundo semestre, ou até mais", disse Justyn Trenner, executivo-chefe e diretor da empresa de análise e pesquisa bancária ClientKnowledge, que tem sede em Londres. Ele cita diversos fatores para justificar sua análise, incluindo o nervosismo do mercado global de dívida soberana e a queda dos custos das transações. "O crescimento no mercado internacional e os investimentos vão continuar a estimular pontos básicos para a negociação de câmbio", afirma o diretor.
Embora o crescimento seja inquestionável, os números de algumas regiões precisam ser vistos com cautela, já que são informados em dólar. Algumas moedas importantes, como o dólar australiano e o iene, estão se valorizando em relação ao dólar desde abril, o que significa que alguns números provavelmente estão inflados.
No período de seis meses encerrado em abril, os maiores centros de negociação de câmbio do mundo observaram um aumento do fluxo diário, com as dificuldades enfrentadas por diversos países elevando a volatilidade - e criando oportunidades de lucro para alguns participantes do mercado.
O volume de negócios no Reino Unido subiu 23%, chegando à média diária recorde de US$ 2,191 trilhões, segundo dados dos Banco da Inglaterra (o banco central inglês). Enquanto isso, dados divulgados pelo comitê de câmbio do Federal Reserve de Nova York mostram que o volume subiu para US$ 798,7 bilhões, 3,4% acima do dado divulgado em outubro do ano passado e 5,9% superior ao dado do mesmo período de 2010.
Mas, ao contrário do aumento no mercado à vista observado no Reino Unido, na América do Norte houve uma queda de 5,3% do volume à vista, mesmo com um aumento de 26,9% das transações a prazo e de mais de 50% no mercado de balcão.
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