quinta-feira, 21 de julho de 2011

FEIRA INTERNACIONAL DE ANGOLA COMEÇA COM PARTICIPAÇÃO DE 34 EMPRESAS BRASILEIRAS

Com 34 empresas, o Brasil participa, nesta semana, da principal feira multissetorial de Angola, seu principal parceiro comercial no continente africano. Representando setores como alimentos e bebidas, casa e construção, máquinas e equipamentos, o pavilhão brasileiro na Feira Internacional de Angola (FILDA 2011) é organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

Neste ano, a FILDA tem o tema "Os desafios da atração de investimentos: Estratégia, Legislação, Instituições, Infraestruturas e Recursos Humanos". Mais de 650 empresas de 36 países participam do evento, de 19 a 24 de junho. A embaixadora do Brasil em Angola, Ana Lucy Gentil Cabral Petersen, e o diretor de Negócios da Apex-Brasil, Rogério Bellini, participaram da solenidade de abertura da Feira, realizada com a presença de representantes dos países participantes, autoridades, corpo diplomático e expositores.


Em seu discurso, o ministro da Economia de Angola, Abraão Gourgel, falou sobre a estratégia do governo angolano para a atração de investimentos e da nova Lei do Investimento Privado. "Ao mesmo tempo em que assegura a remuneração dos capitais privados investidos, a nova lei também procura atender às prioridades do desenvolvimento do país principalmente no que diz respeito à diversificação da economia, à criação de empregos, à transferência de tecnologias e know-how e à eliminação de assimetrias regionais", disse o ministro.


O ministro enfatizou, ainda, que as micro, pequenas e médias empresas são áreas eleitas pelo governo para o fomento do empreendedorismo angolano e, por isso mesmo, se espera que as parcerias dessas empresas com capitais estrangeiros sejam mais eficientes para ambos. "O Executivo angolano faz um forte apelo à constituição de parcerias entre investidores estrangeiros que tragam know-how, capital e tecnologia e empresários nacionais que conhecem o mercado, possuem direitos e concessões ou tenham capital para iniciar novos negócios", disse o ministro. "Esses novos negócios serão úteis para a reconstrução e modernização da nossa economia e para a criação de emprego e riqueza para todos", complementou.


Pavilhão brasileiro


O diretor de Negócios da Apex-Brasil, Rogério Bellini, elogiou a participação das empresas brasileiras na FILDA 2011. "A maioria das empresas brasileiras está aqui por causa de iniciativas estruturadas pela Agência no Brasil, com base em inteligência comercial e priorização de mercados", explicou. "Algumas dessas empresas estão pela primeira vez na FILDA, e essa é realmente uma boa oportunidade para se inserirem neste mercado, parceiro estratégico do Brasil na África".


A empresa Holec Indústrias Elétricas S.A., fabricante de equipamentos elétricos de Boituva, São Paulo, está entre as que participam da FILDA pela primeira vez. O empresário Nilson Kasita vislumbrou a possibilidade de fazer contato diretamente com compradores angolanos durante o Seminário para o Mercado Foco Angola, realizado no final de abril, em São Paulo. "Até então, eu exportava indiretamente, por meio do fornecedor de uma grande construtora", explicou. "Aqui na FILDA, tenho a oportunidade de oferecer o meu produto diretamente a um comprador em potencial".


Para Carolina Bergamaschi, coordenadora de exportações da IntelCav, empresa do Rio Grande do Sul, a FILDA pode ser o caminho mais curto para ampliar os negócios em Angola. Fabricante de cartões bancários, de telefonia móvel e dos utilizados como bilhetes de ônibus, a IntelCav produz 15 milhões de cartões por mês. A empresa já tem um cliente em Angola, para quem, somente em junho, forneceu 100 mil cartões bancários. "Recebemos o convite da Apex-Brasil e decidimos participar da FILDA, porque existem muitas possibilidades de negócios em Angola para o nosso produto", explicou Carolina.


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