quinta-feira, 28 de julho de 2011

EXPORTAÇÕES DO DISTRITO FEDERAL CRESCEM APESAR DA DESVALORIZAÇÃO DO DÓLAR

O saldo exportado pelo DF de janeiro a junho totalizou US$ 78,09 milhões e cresceu 15,74% ante o mesmo período de 2010 (US$ 67,4 mi), segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Somente em junho, foi registrado crescimento de 66% no saldo exportado pelo DF, frente ao mesmo mês de 2010 (US$ 122.8 milhões ante US$ 94,4 mi de junho do ano passado).

"Trata-se de um aumento significativo se observarmos a alta do real frente ao dólar, que provoca um super aquecimento da demanda interna em detrimento das vendas internacionais", avaliou o presidente da 

Federação das Indústrias do Distrito Federal (FIBRA), Antônio Rocha.
Em 2011 a pauta de exportações do Distrito Federal vêm sofrendo alterações na sua composição: aos poucos as carnes de frango - que ainda são os principais produtos vendidos para o exterior, com U$ 39,8 milhões - estão diminuindo sua participação enquanto outros setores vem ocupando posições.

Na sequência, vem os combustíveis e grãos de soja para produção de alimentos e bebidas, mas, representando a produção industrial, destaca-se a participação deprodutos metalomecânicos (US$ 258,2 milhões), de softwares (US$ 32,5 milhões) e vestuário (US$ 19,7 milhões). Entretanto, a realidade do Distrito Federal ainda é de comércio internacional pouco expressivo. O assessor de assuntos de Comércio Exterior da FIBRA, Juliano Montandon, observa que as indústrias locais ainda precisam se adequar ao mercado externo.

"Nossos produtos são bons, de qualidade, mas a capacidade de produção ainda é incompatível com o que o comércio internacional exige. Isso faz com que as empresas vendam, mas fechem negócios pequenos", explicou. O empresário do setor de vestuário Fernando Japiassu ressalta que, muitas vezes a produção industrial é compatível, mas a taxa cambial não faz com que o produto seja atrativo para o mercado mundial. "Nossa empresa aumentou a capacidade produtiva do ano passado para cá, mas com a queda do dólar, não chamamos mais atenção dos compradores internacionais", avaliou.


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